GRÁFICOS DE EVOLUÇÃO DA COVID-19 NO MUNDO (15/04/2020)

  • Total de casos registrados no Mundo: Seguindo o ajuste de dupla exponencial A*exp(B*x)+C*exp(D*x)+E, para a curva de crescimento cumulativo de casos de COVID-19 no Brasil, podemos chegar a cerca de 90 mil casos registrados da doença por volta de 30/04 se continuarmos na mesma velocidade de propagação da doença. Vale destacar que o ajuste de dupla exponencial adotado é o ajuste mais indicado. De acordo com o pesquisador da Fiocruz em modelagem computacional de epidemiologias, Marcelo Ferreira da Costa Gomes, o melhor ajuste seria o de uma curva exponencial seguida de outro ajuste (que também poderia ser exponencial), antes da fase de platô e estabilização no número de casos previstos. Segundo ele, ainda não está sendo feita a testagem em massa na população brasileira para coronavírus, então fica difícil prever o momento de transição entre uma exponencial e outra. Ele afirmou que outro grande problema é que há um gargalo na liberação dos exames laboratoriais no país (o que leva a imprecisão no número de casos). Além disso, segundo o pesquisador, houve mudanças por parte do Ministério da Saúde no critério sobre quem deveria ser testado e, isso também afeta a análise da curva de crescimento de total de casos. Em resposta a questionamentos da Direção do INFES, ele respondeu que “O regime quase linear observado nos últimos dias pode ser efeito disso, por conta do limite de amostras por dia que os Laboratórios conseguem processar”. Portanto, ao elaborar o gráfico, a direção do INFES decidiu adotar o tipo de ajuste sugerido. Agradecemos ao colega e amigo Marcelo pelas explicações fornecidas.
    [Coeficientes: A=1.02155589e+03 ; B=8.32930991e-02 ; C=1.19880827e+03 ; D=8.32932251e-02 ; E=-2.78370569e+03]
  • Total de mortes registradas no Mundo: Seguindo o ajuste de dupla exponencial para a curva de crescimento cumulativo de mortes confirmadas por COVID-19 no Brasil, devemos chegar a cerca de 9500 mortes registradas pela doença por volta de início de maio. Conforme discussão do gráfico acima, a adoção de ajuste de dupla exponencial é o ajuste mais indicado.
    [Coeficientes: A=21.91998378 ; B=0.11609953 ; C=23.64787132 ; D=0.11610122 ; E=-87.77070204]
  • Razão entre total de mortos e total de casos registrados no Mundo (taxa de mortalidade): Percebemos que para o Brasil, a razão entre número de mortes e número de casos registrados está crescendo quase linearmente, de acordo com o ajuste polinomial do tipo A*(x^B)+C. Atualmente o número de mortes no Brasil corresponde a cerca de 4% do total de casos registrados. Quando se considera a taxa de mortalidade no mundo (fazendo a razão entre total de mortes e o total de casos de COVID-19 no mundo) percebemos que esse número fica em torno de 6%. Os países que fazem maior quantidade de testes para coronavírus nas suas populações, tais como Alemanha, Coréia do Sul, Japão, Canadá e Austrália, registram uma taxa de mortalidade mais estável, próxima a 2%. Se o governo brasileiro passar a fazer testes em massa e isolar os casos confirmados juntamente com suas famílias, provavelmente veremos uma redução nesta proporção, com estabilização da proporção entre mortes e total de casos provavelmente um pouco acima ou em torno de 2% a 3%. Deixamos claro que isso é uma possibilidade e não temos meios neste momento de afirmar com certeza como essa proporção se comportará. O crescimento linear dessa proporção ou taxa de mortalidade oficial indica que o Brasil não está conseguindo testar o número real de casos de COVID-19 e provavelmente o número de casos registrados está muito longe do número real.
    [Coeficientes: A=0.00326994 ; B=0.86133861 ; C=-0.00281936]
  • Crescimento diário de casos no Mundo: Neste tipo de gráfico, os países que saem do comportamento linear são aqueles que de fato estão conseguindo conter a disseminação e que não têm mais crescimento exponencial de casos de COVID-19. Até a presente data, vemos que apenas China e Coréia do Sul conseguiram conter a disseminação de fato.
  • Evolução dos casos confirmados separados por continente: Neste gráfico devemos lembrar que 90% da população mundial se encontra no Hemisfério Terrestre Norte. Portanto é natural que se observe que o número de casos no Hemisfério Sul seja equivalente a 10% apenas dos casos no Hemisfério Norte, tomando uma mesma fase de propagação da doença para comparação (se considerarmos mesma velocidade de propagação da doença nos dois hemisférios, esquecendo as diferenças na de temperatura e estações do ano). Aparentemente este número é muito inferior a 10%, muito provavelmente devido à subnotificação de casos nos países do Hemisfério Sul, possivelmente dominada pela América do Sul e África.
  • Numero de mortes diárias no Mundo (após o 100º caso registrado): Este gráfico mostra a evolução do número de mortes em cada país do G20 após o respectivo 100º caso registrado de COVID-19. Vemos claramente que a evolução de fatalidades no Brasil segue padrões moderados até o presente momento. Isso se deve basicamente à adoção de medidas precoces de isolamento social determinadas por governos estaduais. Precisamos estimular que as pessoas continuem em casa, a fim de se evitar um aumento drástico no número diário de novos casos e, consequentemente, de novas mortes. Somente desta forma conseguiremos vencer a COVID-19 e evitar um colapso do sistema de saúde coletiva no Brasil.
  • Número de Casos registrados no Mundo, normalizados pela população de cada país: Neste gráfico, tomamos os números do primeiro gráfico e normalizamos pelo total da população de cada país, multiplicando o resultado por 100 mil. Assim os números apresentados equivalem ao número de casos por 100 mil habitantes em cada país. Os países que se encontram na parte inferior do gráfico apresentam um número baixo de casos frente ao total de sua população. Já aqueles que estão no topo do gráfico apresentam epidemia mais disseminada em sua população.
  • Número de Mortes registradas no Mundo, normalizados pela população de cada país: Neste gráfico, tomamos os números do segundo gráfico e normalizamos pelo total da população de cada país, multiplicando o resultado por 100 mil, exatamente como no gráfico acima. Assim os números apresentados equivalem ao número de mortes por 10 mil habitantes em cada país. Os países que se encontram na parte inferior do gráfico apresentam um número baixo de mortes frente ao total de sua população. Já aqueles que estão no topo do gráfico apresentam epidemia mais disseminada em sua população, causando mais mortes proporcionalmente ao tamanho de sua população.

Fonte dos dados: https://ourworldindata.org/
Código Python para criação dos dados:

INFES – UFF
Universidade Federal Fluminense, Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior

Av. João Jasbick, s/nº, Bairro Aeroporto

Santo Antônio de Pádua – RJ

CEP: 28470-000

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